A poluição no Rio Tietê, um dos mais importantes de São Paulo, está aumentando de forma alarmante. Em 2024, a mancha de poluição cresceu 47 quilômetros, atingindo um total de 207 km. Este é o pior registro desde 2012, com trechos da água considerados impróprios e afetados por espuma e morte de peixes. Gustavo Veronesi, da Fundação SOS Mata Atlântica, destaca que as mudanças climáticas estão amplificando o problema. O governo do estado alega estar tomando medidas, como a retirada de pneus e sedimentos, para tentar reverter essa situação crítica.
- A poluição no Rio Tietê aumentou 47 quilômetros em 2024.
- 131 km do rio são considerados “ruins” e 76 km “péssimos”.
- Mudanças climáticas pioram a situação da poluição.
- O governo de SP removeu mais de 12.600 pneus do rio desde 2022.
- O programa IntegraTietê busca despoluir o rio até 2029.
Aumento Alarmante da Poluição no Rio Tietê: Uma Crise Ambiental em São Paulo
Situação Atual do Rio Tietê
A poluição no Rio Tietê, um dos principais rios que atravessa o estado de São Paulo, está em um estado crítico. Em 2024, a extensão da mancha de poluição aumentou em 47 quilômetros, totalizando 207 km, marcando o pior cenário desde 2012. Os dados revelados pela Fundação SOS Mata Atlântica indicam que a qualidade da água no rio e em seus afluentes está se deteriorando rapidamente, com 131 km considerados em situação ruim e 76 km classificados como péssimos. Isso representa cerca de 35,9% dos 576 km monitorados, de um total de 1.100 km que se estendem desde a nascente em Salesópolis até Barra Bonita.
Causas da Poluição
Os extremos climáticos são apontados como uma das principais causas do aumento da poluição no Rio Tietê. Especialistas, como Gustavo Veronesi, coordenador do programa da SOS Mata Atlântica, destacam que, mesmo com os esforços realizados, os resultados não têm sido satisfatórios. A situação de mudanças climáticas que o planeta enfrenta tem contribuído para a intensificação desse problema. O monitoramento da poluição é feito por uma rede de voluntários em 61 pontos ao longo do estado, com coletas realizadas em locais como as Pontes do Jaguaré, Cidade Jardim e João Dias.
Medidas do Governo e Desafios Enfrentados
O governo do estado de São Paulo tem se mobilizado para enfrentar essa crise. Entre as ações implementadas, destaca-se a retirada de milhares de pneus e sedimentos do rio. Desde janeiro de 2022 até agosto de 2023, foram retirados 12.631 pneus das águas, com uma média de 11 pneus por dia. Esse material é levado para uma Unidade de Tratamento Ecológico de Pneus em Guarulhos, onde é reciclado e reaproveitado, por exemplo, para a produção de borracha granulada utilizada em campos de futebol.
Além disso, o programa IntegraTietê tem como objetivo a recuperação do Rio Tietê e seus afluentes. Recentemente, novos lotes de desassoreamento foram iniciados, prevendo a retirada de 1,5 milhão de metros cúbicos de sedimentos. Até agosto de 2024, a expectativa é que a retirada total de sedimentos ultrapasse 3,2 milhões de metros cúbicos.
Propostas para Mitigar a Poluição
Para tentar mitigar a poluição no Tietê, especialistas sugerem a criação de parques ao longo do rio como uma alternativa urgente. A construção do Parque Linear do Rio Pinheiros, que ainda está em obras, já recebeu atenção significativa. Outros parques menores, como o do Corujas, também foram criados para ajudar na recuperação da área.
Desafios Adicionais: Saneamento e Poluição Atmosférica
O estado de São Paulo enfrenta não apenas a poluição das águas, mas também desafios relacionados ao saneamento básico. O governo prevê que a universalização do saneamento até 2029 representará um avanço significativo na despoluição dos rios. A proposta é evitar o lançamento de esgoto gerado por aproximadamente 10 milhões de pessoas, o que equivale ao volume de 200 mil piscinas olímpicas.
Além disso, a poluição atmosférica é uma preocupação crescente, com a seca severa e as queimadas contribuindo para o agravamento da qualidade do ar. Recentemente, houve um aumento significativo de queimadas no Cerrado, que impactam diretamente a saúde pública e o ecossistema local. A fumaça resultante dessas queimadas tem sido associada a um aumento de problemas respiratórios na população.
Conclusão: A Necessidade de Ação Imediata
A situação do Rio Tietê e de seus afluentes é alarmante e requer uma resposta rápida e eficaz por parte das autoridades e da sociedade. A combinação de mudanças climáticas, poluição das águas e do ar, e a necessidade urgente de melhorias no saneamento básico coloca São Paulo em um cenário crítico. A implementação de projetos de recuperação e a conscientização da população são passos essenciais para reverter essa situação e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
Perguntas Frequentes
Qual é a extensão da mancha de poluição no Rio Tietê em 2024?
A mancha de poluição aumentou para 207 quilômetros em 2024. Isso é um aumento de 47 quilômetros em relação a 2023.
Quais são as principais causas desse aumento?
Os extremos climáticos são uma das principais causas do aumento da poluição no Rio Tietê. As mudanças climáticas estão dificultando os esforços de limpeza.
O que o governo está fazendo para solucionar o problema?
O governo de São Paulo está retirando pneus e sedimentos do rio. Estão previstos projetos de recuperação, como a construção de parques e a universalização do saneamento até 2029.
