Cientistas descobrem novo sistema de grupo sanguíneo

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Cientistas britânicos fizeram uma descoberta intrigante sobre um novo sistema de grupo sanguíneo chamado MAL. Este sistema é muito raro, com apenas 0,01% da população mundial possuindo este tipo sanguíneo. A pesquisa, conduzida por especialistas da Universidade de Bristol e do sistema de saúde britânico, revelou a origem genética do antígeno AnWj, que permaneceu um mistério por mais de 50 anos. Com essa descoberta, médicos agora podem identificar pessoas com esse tipo sanguíneo raro, melhorando a segurança nas transfusões.

    • Cientistas descobriram um novo tipo de sangue chamado MAL, muito raro.
    • Apenas 0,01% das pessoas têm o tipo sanguíneo AnWj-negativo.
    • A descoberta ajuda a identificar melhor doadores e pacientes para transfusões.
    • O antígeno AnWj está ligado à proteína Mal, que está nas células vermelhas do sangue.
    • Novos testes poderão ser feitos para detectar a falta do gene MAL em pessoas raras.

Descoberta Revolucionária no Sistema Sanguíneo

Um Novo Tipo de Sangue

Recentemente, cientistas britânicos revelaram uma descoberta surpreendente no campo da hematologia: um novo sistema de grupo sanguíneo chamado MAL. Este sistema é extremamente raro, com apenas 0,01% da população mundial apresentando esse tipo sanguíneo. A pesquisa, que durou cinco décadas, foi realizada por uma equipe da Universidade de Bristol e do sistema de saúde britânico, que finalmente desvendaram a origem genética de um antígeno anteriormente enigmático, conhecido como AnWj.

O Que é um Antígeno?

Para entender a importância dessa descoberta, é essencial compreender o conceito de antígenos. Esses componentes são cruciais na definição dos diferentes tipos de sangue que conhecemos. Com a nova identificação do sistema MAL, os profissionais de saúde podem agora identificar com mais precisão os indivíduos que possuem esse tipo raro de sangue, o que é vital para evitar complicações em transfusões.

A História do Antígeno AnWj

O antígeno AnWj foi descoberto pela primeira vez em 1972, mas sua verdadeira natureza genética permaneceu um mistério até agora. Os pesquisadores se depararam com a dificuldade de entender qual parte do DNA era responsável pela produção desse antígeno. A equipe britânica conseguiu encontrar uma peça-chave desse quebra-cabeça, ligando o antígeno à proteína Mal, que se encontra na superfície dos glóbulos vermelhos, as células responsáveis pelo transporte de oxigênio no corpo humano.

A Prevalência do Antígeno

A maioria da população mundial, mais de 99,9%, possui o antígeno AnWj positivo e expressa a proteína Mal em suas células vermelhas. Entretanto, os indivíduos que são AnWj-negativos não apresentam essa proteína. A descoberta é significativa, pois agora permite que os médicos desenvolvam testes para identificar pacientes e doadores com o raro fenótipo AnWj-negativo, garantindo transfusões de sangue mais seguras.

Causas do AnWj-Negativo

A condição de AnWj-negativo geralmente é causada por doenças, como certos tipos de câncer ou distúrbios no sangue, que resultam na ausência do antígeno. No entanto, a pesquisa revelou que existe um grupo menor de pessoas que apresentam essa condição por razões genéticas. Esses indivíduos não possuem o gene MAL, que é fundamental para a produção da proteína Mal.

Casos Notáveis

Durante o estudo, os cientistas identificaram cinco pessoas que eram AnWj-negativas por causas genéticas. Entre essas, havia uma família de árabes-israelenses e uma amostra de sangue de uma mulher que foi reconhecida na década de 70 como a primeira pessoa com esse tipo sanguíneo. A descoberta de que um gene pode codificar um antígeno sanguíneo é um marco no campo da hematologia.

O Futuro da Pesquisa

A especialista em hematologia e hemoterapia, Lilian Castilho, destacou a importância dessa descoberta ao afirmar que agora é possível desenvolver testes genéticos para identificar pacientes e doadores AnWj-negativos. Esses testes podem ser integrados às plataformas genéticas já existentes, facilitando a identificação de indivíduos que necessitam de transfusões compatíveis.

Experimentos Realizados

Para confirmar que a proteína Mal é responsável por se ligar aos anticorpos AnWj, a equipe de pesquisa realizou uma série de experimentos. Eles introduziram o gene MAL normal em células e observaram uma reação específica, indicando a presença e o funcionamento adequado da proteína Mal. No entanto, ao usar um gene mutante, que não funcionava corretamente, essa reação não ocorreu, provando a importância da proteína Mal na ligação com os anticorpos AnWj.

Próximos Passos

Com a confirmação da ligação entre a proteína Mal e o antígeno AnWj, o próximo passo é desenvolver testes laboratoriais mais precisos, como ensaios de PCR, que são extremamente sensíveis e podem detectar a ausência do gene MAL. Essa inovação facilitará a identificação de indivíduos com o raro fenótipo AnWj-negativo, garantindo que eles recebam transfusões de sangue compatíveis.

Implicações para a Saúde

Além disso, futuras pesquisas são necessárias para explorar o papel da proteína Mal nas células do sangue e como sua ausência pode afetar a saúde. Essas investigações podem aprimorar o diagnóstico e o tratamento de condições raras associadas à falta do antígeno AnWj.

Perguntas frequentes

O que é o novo sistema de grupo sanguíneo MAL?

O sistema de grupo sanguíneo MAL é uma nova descoberta que afeta 0,01% da população mundial. Ele está ligado ao antígeno AnWj, que foi um mistério por 50 anos.

Como a descoberta do sistema MAL ajuda em transfusões de sangue?

A descoberta permite que médicos identifiquem com precisão pessoas com sangue AnWj-negativo. Isso torna as transfusões mais seguras.

Por que algumas pessoas têm o AnWj-negativo por motivos genéticos?

Algumas pessoas não produzem o antígeno AnWj devido à falta do gene MAL. Isso é um motivo genético e não está ligado a doenças.